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Justiça Eleitoral Conclui Teste em Campo da Urna Eletrônica em Curitiba (PR)

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Durante esta semana, especialistas do TSE e dos tribunais regionais eleitorais verificaram sistemas de totalização e ecossistema do equipamento

A Justiça Eleitoral encerrou, nesta sexta-feira (21), o Teste em Campo dos Sistemas de Totalização e Ecossistema da Urna, realizado com foco nas Eleições Municipais de 2024. As atividades ocorreram ao longo da semana no Fórum Eleitoral de Curitiba (PR), das 9h às 18h, contando com a participação de especialistas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e dos tribunais regionais eleitorais (TREs) de todo o país.

O principal objetivo do teste é a homologação dos sistemas eleitorais relacionados à preparação e carga de urnas, votação, totalização e divulgação dos resultados das eleições. O coordenador de Sistemas Eleitorais do TSE, José de Melo Cruz, explicou que a testagem faz parte do projeto de construção dos sistemas. “Trazemos equipes técnicas com bastante conhecimento para esmiuçar cada sistema, verificar se há alguma possibilidade de melhoria e, assim, garantir uma eleição íntegra e segura”, afirmou.

A verificação também visa exercitar a integração de outros sistemas relativos ao processo eleitoral, como os julgamentos, a atualização e a divulgação de registros de candidaturas e o processamento de justificativas e de faltosos. “É nesse momento que os sistemas que passaram por alterações, devido à necessidade de novas funcionalidades para a eleição, são testados para verificar e confirmar seu correto funcionamento”, explicou Gilmar José Fernandes, secretário de Tecnologia da Informação do TRE-PR.

Novos Recursos

Neste ano, foram testados novos recursos de acessibilidade das urnas eletrônicas, com o auxílio do Instituto Paranaense de Cegos. Dois representantes da entidade testaram a ferramenta Letícia, um sintetizador de voz que informará aos usuários com deficiência visual quais são os cargos em votação, os números digitados e o nome da candidata ou candidato.

Gilberto Ozawa, técnico de informática, destacou a importância dessa inovação: “Sinto que as pessoas com deficiência vão se sentindo mais integradas com a acessibilidade, porque precisam de menos ajuda e podem votar em menos tempo”.

O presidente do Instituto Paranaense de Cegos, Enio Rodrigues, reforçou a relevância da ferramenta e defendeu a participação das pessoas com deficiência em todo o processo eleitoral. “Pessoas cegas, que estão lutando por direito e inclusão, precisam participar do processo eleitoral como candidatas, mesárias e votantes, de todos os jeitos que a democracia permite”, afirmou.

O secretário de Tecnologia da Informação (STI) do TSE, Júlio Valente, também esteve presente nos testes e ressaltou que, para as pessoas cegas que informaram sua condição à Justiça Eleitoral até o fechamento do cadastro eleitoral em maio, o áudio será habilitado automaticamente na urna. “Se não houve essa comunicação prévia, no dia da eleição, quando for votar, basta manifestar o desejo de utilizar um fone de ouvido, e o mesário tem a possibilidade de liberar o áudio”, explicou.

O advogado Antônio Amauri Malaquias de Pinho elogiou a iniciativa da Justiça Eleitoral: “A realização destes testes demonstra o comprometimento da Justiça Eleitoral com a segurança e a transparência do processo eleitoral. Além disso, a implementação de recursos de acessibilidade é um avanço significativo na inclusão de pessoas com deficiência, garantindo que todos os cidadãos possam exercer seu direito ao voto de forma independente e segura”.

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