A aurora desta quarta-feira testemunhou a investida implacável da Polícia Civil na deflagração da Operação Apito Final, visando desmantelar uma intricada rede de distribuição de drogas enraizada no município de Guaíba. Sob o comando de uma matriarca desde o fatídico evento da execução de seu companheiro em 2008, mais de 10 membros da família foram arrebatados nessa incursão policial, enquanto os cães farejadores guiavam as autoridades até um corpo oculto.
Doze meses de investigação meticulosa desvelaram um cenário sombrio: nos últimos quatro anos, os filhos da matriarca ascendiam ao protagonismo, assumindo as rédeas do nefasto empreendimento. Responsáveis pelas negociações, distribuições e coordenação do esquema de tele-entrega de drogas, eles se beneficiavam da localização estratégica de um complexo de casas, envolto por um matagal que servia não apenas como esconderijo de entorpecentes e armamentos, mas também como sepultura clandestina para os incautos usuários e rivais.
Os moradores do referido complexo viviam sob o jugo da coerção: coagidos a guardar drogas sob ameaça de represálias, aqueles que ousavam recusar-se eram prontamente expulsos de seus lares. O cumprimento de dezoito ordens judiciais almejava adentrar esse complexo, realizando buscas minuciosas por materiais ilícitos nas residências dos integrantes do grupo e explorando os recônditos do matagal, onde, auxiliados pelos cães farejadores, desvelariam drogas, armas e corpos.
Com um efetivo composto por 80 policiais civis, 25 viaturas e o apoio estratégico da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e da Divisão de Operações Aéreas, a operação foi uma investida coordenada e determinada. Além disso, contou com o suporte de 20 policiais militares da Brigada Militar e os canis do DENARC e do CEBS, revelando a união de esforços das forças da lei na incessante luta contra o crime organizado.